2 de dezembro de 2007

(Sem título)

Tu és como a estrada
o caule de sol
e a árvore alada

a viga da nuvem
sob a telha cigana

à canção da marugem
o mocho olhar da lua

Tu és como a estrada
o cão coxo à chuva
e atrás quem o chama

o caule de sol
e a árvore alada

30 de novembro de 2007

Feira do Livro

de 3 a 21 de Dezembro


Rossio do Arquiz, Alandroal
(distrito de Évora)
Segunda a Sexta: 09:00-19:00
Sábados: 09:00-12:00


18 de março de 2006

Exercí­cios de solo, discursos com método

Se chegarmos de um dia de chuva e à entrada de casa não estiver um tapete antes do primeiro degrau, podemos escorregar com um pé e saltitar com as nádegas. É de suma utilidade que, após esse exercí­cio, profiramos cinco ou seis palavrões (mais, se estiver a doer muito) e a seguir riamos bastante ou, na eventualidade de termos outra religião e nos conseguirmos mexer, nos prostremos de joelhos pedindo perdão pela linguagem herética, e neste caso devemos ser prolixos o suficiente para convencer e terminar o assunto fazendo um sinal com os dedos que não entre em contradição com o discurso penitente.

26 de fevereiro de 2006

Hard-hearted children

Eu acredito em monstros e eles vão invadir a Terra.

Antenas

Frequentemente sei umas coisas um bocado depois de muita gente; nunca lo confesso, mas pergunto-me se isso é por distracção ou porque me apetece. Ontem, por acaso ( se os hábitos são por acaso... ) ligara a Antena 2, no trabalho e, a dado momento, não muito após o sol [de]posto ( soles occidere et redire possunt ...), o locutor disse que trazia um convidado havanês que era escritor, e eu colei o ouvido direito à coluna. O entrevistado chamava-se Abí­lio Estevez e publicou, recentemente, em Portugal, Os PaláciosDistantes, pela editora Vega.