17 de maio de 2005

Mirandel e eu

Depois que Eros tocou a minha boca sagrada,
os meus escuros cabelos deram à luz estrelas brancas
e a voz da minha voz perdeu a forma de uma ara.
Mirandel juntou-se, então, aos que falavam entre si,
pelo velo cobre da noite de ombros solitários,
repetindo longos versos que tornava nomes próprios
e, com mirto e beladona, baptizando amor e gládio.