(..)Carissimi fratelli e carissime sorelle in Cristo, noi consideriamo la nostra omosessualità come una ricchezza, perché ci aiuta a condividere l'emarginazione e la sofferenza di tanti fratelli e sorelle; per parafrasare San Paolo, possiamo farci tutto a tutti, deboli con i deboli, emarginati con gli emarginati, omosessuali con i gay.(...)
da Carta Aberta ao Cardeal Zenon Grocholewsky, Director da Congregação para a Educação Católica, autor da "regra" que exclui os homossexuais do sacerdócio.
16 de dezembro de 2005
5 de novembro de 2005
30 de outubro de 2005
Ninguém é suficientemente compassivo ao ponto de nunca se amargurar.
10 de outubro de 2005
de Robert Frost
"Now close the windows and hush all the fields:
If the trees must, let them silently toss;
No bird is singing now, and if there is,
Be it my loss.
It will be long ere the marshes resume,
I will be long ere the earliest bird:
So close the windows and not hear the wind,
But see all wind-stirred. "
A Boy's Will, 1913
If the trees must, let them silently toss;
No bird is singing now, and if there is,
Be it my loss.
It will be long ere the marshes resume,
I will be long ere the earliest bird:
So close the windows and not hear the wind,
But see all wind-stirred. "
A Boy's Will, 1913
1 de outubro de 2005
29 de setembro de 2005
De passagem
Foi o ano passado, a última vez que o vi. Você carregava uma mala, a um ombro, e eu esperava por alguém de quem viria a esquecer o nome, a voz, o rosto, tudo. Obviamente, não lhe perguntei se partia, se chegava, nem você inquiriu sobre que fazia eu, naquele momento, numa estação de camionetas, longe de casa. Lacónicos, despedimo-nos: você mandou lembranças a minha família, coisa com que eu não podia replicar-lhe; limitei-me a dizer "serão entregues". Achava que você sofria muito desde que os seus filhos deixaram de falar consigo, mas que era um homem forte, prático. Ainda foi para as Perolivas, ouvi contar, viver de bichos que começara a criar. Remediava-se por lá. E veja: há duas manhãs, os olhos da minha mãe pasaram pelo «Diário do Sul» e deram com o sr. João nos obituários. Deve recordar-se de como a mãe é, certo? pôs-se a recear "o pior" e não sabia a quem perguntar como. O meu pai lá se lembrou de um antigo patrão seu, o da livraria. Ficámos, então, a par de que você teve uma grande dor de cabeça, foi para o hospital e findou-se numa maca. Ora, isto ninguém poderia intuir. Você não tinha a morte no espírito nem sequer mais de cinquenta e três anos. É verdade, não é, sr. João? a vida leva-nos para onde temos de ir, não para onde queremos que nos leve.
23 de setembro de 2005
Isto é um blog como a minha cabeça. Os posts aparecem e desaparecem, e por vezes regressam, modificados. É provável que busque alguma proximidade com o que acho menos longe da perfeição. Eu digo "o que acho menos longe", porque não tenho ilusões de que não me fique pelos seus subúrbios. Sempre me apeteceu ir fazer férias às Maldivas ou festas a uma carinha laroca de pensar atractivo, mas ele há coisas fora do meu alcance, simplesmente há.
10 de setembro de 2005
Anotações em Tomamoenga
Aproxima-se o Grande Dia do Chá Verde. Segundo Al-Barmuran, o guia que me acompanha nesta expedição, toda a gente, pela ocasião mencionada, ao ouvir o ribombar de tambores, irá abrir as portas de colmo das cabanas, estentendo uma malga aos Homens do Bule, que encherão cada uma até metade. Na presença de um Homem do Bule, profere-se: "Mamã minha, vou purificar-me outra vez!" De imediato, o Homem do Bule replica, com as seguintes palavras: "Mamã, como poderia resistir-te?", e aproxima o bule das bocas, para que este seja beijado. A seguir, desaparece, aos giros, numa espécie de partida bailada, símbolo da leveza do sustentável ser. Por fim, e de um só trago, bebe-se a poção, à qual é permitido adicionar açúcar apenas excepcionalmente, isto é, caso se esteja calçado com botas de couro brancas até aos joelhos. Referi a Al-Barmuran que não suporto tisanas sem açúcar e perguntei-lhe se, eventualmente, as minhas caligas não passariam por botas de couro brancas, ademais considerando que tenho a pele clara, ao que prontamente se saiu com esta tirada de humor, ainda que com o semblante sóbrio: "Eu empresto-lhe as minhas botas de couro brancas até aos joelhos, sim, mas na condição de você não escrever coisas ridículas".
7 de setembro de 2005
Agosto é o carnaval do espírito; Setembro, o desfile da epifania.
17 de maio de 2005
Mirandel e eu
Depois que Eros tocou a minha boca sagrada,
os meus escuros cabelos deram à luz estrelas brancas
e a voz da minha voz perdeu a forma de uma ara.
Mirandel juntou-se, então, aos que falavam entre si,
pelo velo cobre da noite de ombros solitários,
repetindo longos versos que tornava nomes próprios
e, com mirto e beladona, baptizando amor e gládio.
os meus escuros cabelos deram à luz estrelas brancas
e a voz da minha voz perdeu a forma de uma ara.
Mirandel juntou-se, então, aos que falavam entre si,
pelo velo cobre da noite de ombros solitários,
repetindo longos versos que tornava nomes próprios
e, com mirto e beladona, baptizando amor e gládio.
21 de abril de 2005
15 de abril de 2005
de Ibn Sara As- Santarini
Apreensão
Olho sempre o teu rosto com apreensão:
és a água clara onde abundamos crocodilos
Olho sempre o teu rosto com apreensão:
és a água clara onde abundamos crocodilos
10 de abril de 2005
Kathen's Sorrow
Nada espera do passado e há quem regresse
se desliza a primavera sobre a neve
e o sol fica mais tempo com um pássaro.
se desliza a primavera sobre a neve
e o sol fica mais tempo com um pássaro.
de Boris Vian, em "Canções e Poemas"
Há sol na rua
Gosto do sol mas não gosto da rua
Então fico em casa
À espera que o mundo venha
Com as suas torres douradas
E as suas cascatas brancas
Com suas vozes de lágrimas
E as canções das pessoas que são alegres
Ou são pagas para cantar
E à noite chega um momento
Em que a rua se transforma noutra coisa
E desaparece sob a plumagem
Da noite cheia de talvez
E dos sonhos dos que estão mortos
Então saio para a rua
Ela estende-se até à madrugada
Um fumo espraia-se muito perto
E eu ando no meio da água seca.
Da água áspera da noite fresca
O sol voltará em breve
Gosto do sol mas não gosto da rua
Então fico em casa
À espera que o mundo venha
Com as suas torres douradas
E as suas cascatas brancas
Com suas vozes de lágrimas
E as canções das pessoas que são alegres
Ou são pagas para cantar
E à noite chega um momento
Em que a rua se transforma noutra coisa
E desaparece sob a plumagem
Da noite cheia de talvez
E dos sonhos dos que estão mortos
Então saio para a rua
Ela estende-se até à madrugada
Um fumo espraia-se muito perto
E eu ando no meio da água seca.
Da água áspera da noite fresca
O sol voltará em breve
19 de março de 2005
Do reino da Dinamarca ao Portugal do sul
Hans Christian Andersen (1805-1875) Comemorações do bicentenário
Coordenação: Cláudia Sousa Pereira/ Ângela Balça
I. 01 a 08 Abril, 17h - Palácio do Vimioso, sala 205
a) Inauguração da Exposição Bio-Bibliográfica sobre Hans Christian Andersen;
b) Inauguração da Exposição das Ilustrações d' A Sereiazinha.
II. 08 Abril, 15h-17h - Auditório Soror Mariana da Universidade de Évora
a) A recepção de Andersen em Portugal, Cláudia Sousa Pereira (UE)
b) "O Traje Novo do Rei" da Kalandraka,Jorge Carvalho (U.Minho)
c) Quando as ilustrações comentam os textos, Leonardo Charréu ( UE)
d) A Biblioteca Pública e a Promoção da Leitura, José António Calixto (BPE)e
) O Programa de Promoção da Leitura no Ano Andersen, Maria Cabral (IPLB)
Inscrições gratuitas para estudantes da Universidade de Évora.
INFORMAÇÕES:
Cidehus -Palácio do Vimioso, Apartado 94, 7002-554 Évora
tel.: 266 706 581 www.cidehus@uevora.pt
Coordenação: Cláudia Sousa Pereira/ Ângela Balça
I. 01 a 08 Abril, 17h - Palácio do Vimioso, sala 205
a) Inauguração da Exposição Bio-Bibliográfica sobre Hans Christian Andersen;
b) Inauguração da Exposição das Ilustrações d' A Sereiazinha.
II. 08 Abril, 15h-17h - Auditório Soror Mariana da Universidade de Évora
a) A recepção de Andersen em Portugal, Cláudia Sousa Pereira (UE)
b) "O Traje Novo do Rei" da Kalandraka,Jorge Carvalho (U.Minho)
c) Quando as ilustrações comentam os textos, Leonardo Charréu ( UE)
d) A Biblioteca Pública e a Promoção da Leitura, José António Calixto (BPE)e
) O Programa de Promoção da Leitura no Ano Andersen, Maria Cabral (IPLB)
Inscrições gratuitas para estudantes da Universidade de Évora.
INFORMAÇÕES:
Cidehus -Palácio do Vimioso, Apartado 94, 7002-554 Évora
tel.: 266 706 581 www.cidehus@uevora.pt
25 de fevereiro de 2005
The evenning Tarot
Como a chuva distorcida das músicas roufenhas, algo gotejava, agora, na cabeça do rapaz.
Vou lá para fora ,ele disse. E levantou-se.
Franzindo a testa, Meva reuniu as cartas e guardou-as no casaco, como se decidisse, de si para si, que não tornaria a lançá-las.
Acho que ele queria ouvir coisas melhores , atalhei, acendendo um cigarro para fechar o sorriso, recostando-me na cadeira. Olhei em torno, procurando outro assunto com que distrair-nos. Um par de cabeleiras laranja discutia que tema escolher da velha jukebox. Dimitrião limpava copos de cerveja. O calendário de parede não era trocado há décadas, mas recentemente alguém garatujara pêlos nos seios voluminosos da estrela sem soutien.
Vou lá para fora ,ele disse. E levantou-se.
Franzindo a testa, Meva reuniu as cartas e guardou-as no casaco, como se decidisse, de si para si, que não tornaria a lançá-las.
Acho que ele queria ouvir coisas melhores , atalhei, acendendo um cigarro para fechar o sorriso, recostando-me na cadeira. Olhei em torno, procurando outro assunto com que distrair-nos. Um par de cabeleiras laranja discutia que tema escolher da velha jukebox. Dimitrião limpava copos de cerveja. O calendário de parede não era trocado há décadas, mas recentemente alguém garatujara pêlos nos seios voluminosos da estrela sem soutien.
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