Entravam por debaixo da porta da varanda e desciam as escadas até chegarem à saleta, gélidas como princesas da Islândia. Portanto, correntes de ar. E eu escrevia flúidamente, qual Reinaldo Arenas - com a diferença (uma, entre milhares) de que ele escrevia à-máquina e eu com uma esferográfica de laboratório de fármacos. Ele sempre se divertiu mais do que eu. Fez sempre muito mais barulho do que eu. E quiçá até mofasse mais, e fizesse mais caretas que Bjork. Quiçá o frio que eu sentia fosse ele, talvez fosse ele a descer as escadas.
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